É muito difícil para alguém que cuida de um paciente com Doença de Alzheimer ver episódios de alucinação ou delírios, os Sintomas psiquiátricos do Alzheimer mais frequentes. Especialmente quando a pessoa é uma esposa ou filho e está tentando cuidar com todo o carinho e oferecer o melhor atendimento possível.
Iniciar uma explicação “racional”, fazer com que o paciente “entenda” resulta num confronto que gera ansiedade e frustração. E ainda pode piorar o quadro.
Os principais Sintomas psiquiátricos do Alzheimer incluem alucinações e delírios, que geralmente ocorrem no estágio intermediário de doença, de acordo com a Alzheimer’s Foundation of America. Cerca de 40% dos pacientes com demência experimentar delírios, enquanto alucinações ocorrem em cerca de 25% dos casos.
Familiares ou cuidadores não podem impedir que estes sintomas ocorram, mas a forma como reagem ao sintoma pode ajudar a evitar reações que vão piorando a situação, tais como agressividade, agitação e explosões violentas.
Entendendo as diferenças:
Alucinações– o paciente vê, ouve ou sente e acredita em algo que não existe. Não adianta dizer que não é real. O melhor exemplo é quando o paciente diz que está vendo bichos horríveis na parede. Mas só ele vê.
Delírios – o paciente tira uma conclusão errada baseada numa realidade que está distorcida para o paciente. Muitas vezes culpando cuidadores de roubo e infidelidade. Um exemplo real muito marcante aconteceu com um paciente: a esposa chegou das compras de mercado acompanhada do rapaz entregador do supermercado. O paciente saiu correndo atrás do entregador achando que era o amante da esposa. O rapaz levou um susto tão grande que deve estar correndo até hoje!
Sintomas psiquiátricos do Alzheimer – Como lidar com alucinações?
Entre na realidade do paciente, entenda o “filme” que passa dentro da cabeça dele. O mais importante é evitar confrontos . Caso contrário, você vai agravar a agitação e pode aumentar o nível de agressividade.
Sintomas psiquiátricos do Alzheimer -Como acalmar a situação?
A maneira de se comunica com o paciente, com tranquilidade, num tom de voz baixo, dando segurança e reconfortando o paciente é chave para administrar estes momentos tensos.
Mudar a atividade e meio ambiente em que ocorreram os Sintomas psiquiátricos do Alzheimer também sãos atitudes importantes a serem tomadas pelos familiares ou cuidadores.
Tranquilizá-los no momento, reconhecendo como verdadeiro o que estão sentindo. “Vejo que você está com medo. Eu ficaria com medo se eu vi essas coisas também.”
Reforce a sua presença. Diga que você vai ficar lá e ele está seguro com você. Um toque reconfortante, colocando a mão nas costas, pode ajudar a pessoa a voltar sua atenção para você e reduzir a alucinação.
Você também pode mudar de aposento na casa ou dar um passeio para sair do local onde ele está vendo o que não existe (a alucinação).
Algumas alucinações são muito comuns e não assustam ou agitam muitos pacientes. Ver ou ouvir as crianças em casa é uma alucinação, mas o idoso pode comentar e não se agitar com isto.
A Associação de Alzheimer americana oferece essas dicas para avaliar o ambiente:
• Veja se alguma luminária ou a falta de iluminação produz sombras, distorções ou reflexões em paredes, pisos e até mesmo móveis.
• Perceba a altura dos sons do ambiente. A televisão ou ar condicionado podem fazer ruídos, que podem ser mal interpretados.
• Retire espelhos, pois podem fazer com que o paciente ache que estão vendo um estranho.
Conviver com os Sintomas psiquiátricos do Alzheimer no cotidiano pode ser muito desgastante. Mas entender que não vale a pena “bater de frente” e tentar fazer o paciente “entender de qualquer jeito” facilita muito a vida. Criar estratégias de segurança e calma, dentro de si e no ambiente ajudam a diminuir a intensidade destes sintomas.